Durante algumas semanas, vamos enviar alguns informes sobre os cuidados especiais que devemos ter e como agir quando estamos ao lado de Pessoas com Deficiências. Esta semana, daremos umas dicas e informes sobre à Pessoa com Deficiência Visual. Na Plataforma, colocaremos um vídeo com a história infantil “O menino que via com as mãos” de Alexandre Azevedo para que vocês possam assistir com as crianças!

Atenção Global à Pessoa com Deficiência Visual:

  • Identifique-se pelo nome quando chegar próximo a uma pessoa com deficiência visual. Seja o primeiro a estender a mão para cumprimentá-la;
  • A pessoa pode precisar de audiodescrição, apoio para se locomover com segurança, para organizar e encontrar objetos. Diga sempre: “posso ajudar? Como?”;
  • Quando aparecer uma pessoa cega, aja rápido caso perceba perigos, como obstáculos, animais bravos, pista a atravessar…
  • Pergunte se ela deseja atravessar. Não segure na bengala;
  • Coloque-se ao lado oposto à bengala, para a pessoa segurar em seu braço. Não seja você a pegar nela ou puxá-la;
  • Fale os locais por onde passam. Pergunte se deseja a descrição dos ambientes;
  • Indique corretamente as direções direita, esquerda… Avise sobre desnivelamentos de pisos, objetos ao redor, incluindo possíveis ameaças com altura, como árvores, placas, postes, caçambas e escadas;
  • Não faça perguntas pessoais, indiscretas e comentários negativos sobre deficiência. Não mencione sentimentos que subestimam a pessoa, como piedade, aflição e insegurança;
  • Informe quando chegar a algum lugar. Deixe a pessoa sempre em local seguro e consciente de onde está. Avise quando for se retirar.

A EFICIÊNCIA SEMPRE ESTÁ DENTRO DA DEFICIÊNCIA. CONTO CONTIGO, CONTE COMIGO! .

Deficiente Auditivo: Como falar com quem não ouve?

No dia 26 de setembro comemora-se o “Dia do Deficiente Auditivo” e quando se fala neles, algumas dúvidas surgem na cabeça das pessoas. A maior dúvida, provavelmente, se refere a melhor forma de comunicar-se com eles.

Antes de qualquer coisa, e importante saber que existe mais de um tipo de deficiente auditivo. Existem os considerados apenas deficientes auditivos que, tal como diz o nome, possuem algum tipo de perda auditiva de leve a severa e que, geralmente, utilizam aparelhos auditivos comuns. Além deles, existem os surdos usuários da Língua de Sinais, antigamente, denominados erroneamente como surdos- mudos. Muito embora a maioria tenha voz no sentido físico, não costuma usá-la porque não aprendeu o necessário para isso ou porque não gosta. Este grupo possui uma língua própria, chamada Língua Brasileira de Sinais ou, simplesmente, LIBRAS. Existe também os surdos oralizados, que se comunicam através da fala oral, leem os lábios e podem ou não usar próteses auditivas.

A língua de sinais não é igual ao português, tem morfologia e sintaxe próprias, é um idioma independente. Não pense que basta aprender os sinais pra falar LIBRAS. Como qualquer outra língua, é preciso estudar a gramática e a estruturação da frase pra dominar esta língua. A LIBRAS é reconhecida por lei como forma de comunicação e expressão das comunidades surdas do Brasil.

Por conta dessa diversidade, aí vão algumas dicas para facilitar a comunicação com Deficientes Auditivos, em geral:

  • Fale devagar, mas com naturalidade. Não adianta falar separando as sílabas ou articulando demais. Além de você acabar fazendo careta o tempo todo, você pode acabar perdendo a linha de pensamento;
  • Fale de frente para a pessoa com deficiência auditiva. Se você precisar virar a cabeça, faça uma pausa. Cada sílaba ou palavra perdida podem alterar completamente o sentido da conversa;
  • O volume da voz deve ser de acordo com a perda de audição da pessoa. Claro que nem sempre dá para adivinhar, então comece falando com o seu tom de voz habitual. Além do mais, se a pessoa tem surdez quase total, o volume pouco importa, porque ela apenas lê seus lábios;
  • Surdo sinalizado, geralmente, lê os lábios pelo menos um pouco. Se você perceber ou souber que o surdo é usuário exclusivo da LIBRAS e realmente precisar falar com ele, fale de maneira simplificada. Ele provavelmente irá te entender e responder como puder (falando oralmente, por sinais ou até escrevendo);
  • Surdos oralizados falam oralmente, tal como diz o nome. Achar que todo surdo fala LIBRAS é um equívoco. Muitos não sabem ou não tem interesse de aprender. Com
    eles, você pode falar normalmente. A voz dele pode soar estranha, para quem não está acostumado com ela, mas ele sabe disso, fique tranquilo;
  • Não tenha medo de cometer gafes com figuras de linguagem, como: “Você está me ouvindo?”; “Nossa, você já tinha ouvido falar nisso?”; “Ei, escuta essa…”; não há problema nenhum;
  • Para chamar um surdo, você precisa de algum sinal visual ou tátil. Você pode abanar as mãos, acender e apagar uma luz ou até tocar o ombro dele de leve. Jamais dê um cutucão com força ou um tapa agressivo;
  • Não fale mastigando. Além de não ser educado, a mastigação atrapalha bastante a leitura labial, tornando os lábios ilegíveis. Não adianta insistir. Termine de mastigar e, só aí, conclua a conversa;
  • A iluminação é um fator que influencia muito a leitura labial. Se a iluminação ambiente não for adequada, vale qualquer improvisação: isqueiro, lanterna e até a luz do celular.

 

Deficiência intelectual

O que é?

A deficiência intelectual é desenvolvida antes mesmo do nascimento. A prevalência é maior no sexo masculino, tanto nas populações de adultos quanto de crianças e adolescentes. É um transtorno neuropsiquiátrico que implica algumas limitações em, pelo menos, duas das seguintes áreas da vida: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, auto orientação, rendimento escolar, trabalho, lazer, saúde e segurança. Pode afetar não só o raciocínio lógico do indivíduo como também sua habilidade em planejamento e resolução de problemas. A condição pode ser identificada pelo QI do indivíduo.

Antigamente, o termo mais usado para se referir a essa condição era retardo mental. Porém, por alguns autores acreditarem ser menos pejorativo, passou a se adotar o termo deficiência intelectual.

Quais as Causas?

Considerando que as funções neurológicas do indivíduo são desenvolvidas antes do nascimento, a especialista em pedagogia hospitalar, Carima Orra, explica que a causa está na formação do bebê já dentro da barriga da mãe. Anomalias cromossômicas, doenças maternas adquiridas na gestação, uso de álcool ou tabagismo na gravidez são algumas das possíveis causas. Além disso, o neurologista Carlos Alexandre Twardowschy lista outras causas que podem estar relacionadas à deficiência intelectual: asfixia perinatal; síndrome de down; infecção do SNC neonatal ou pós-neonatal; síndrome do álcool fetal entre outras.

Tratamento

“A criança com deficiência intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, além de manter o contato próximo com a escola”, explica Carima Orra.

Segundo ela, as limitações podem ser superadas por meio da estimulação do desenvolvimento, adequações em situações pessoais, escolares, profissionais e sociais, além de oportunidades de inclusão social. A deficiência intelectual não é uma doença, e sim uma limitação.
Instituições como a APAE realizam trabalhos eficientes no sentido de promover o diagnóstico, a prevenção e a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual.

Educação de criança com deficiência intelectual na Escola

É necessário que o diálogo e o relacionamento entre pais, alunos e professores seja frequente. A criança vai precisar de um enfoque maior por parte da escola, que deve usar técnicas efetivas para o aprendizado de toda a turma.
Além disso, Carima enfatiza a importância da socialização no processo de aprendizagem. De acordo com ela, se a escola e os colegas de sala estiverem despreparados para receber o aluno com a deficiência intelectual, isso pode levar a outros transtornos, como ansiedade e depressão. “Por isso é de extrema importância a conversa rotineira entre pais e escola”, diz.

E em casa?

A especialista comenta que é comum o sentimento de culpa entre os pais, pois, além das pressões internas que a família terá que lidar com o nascimento de uma criança deficiente, também terá que enfrentar as pressões exercidas pelas forças sociais externas, uma vez que a sociedade tem dificuldade em conviver com as diferenças.

“Por isso, os pais devem ter paciência, estimular e elogiar cada conquista do filho. Ao mesmo tempo em que devem ter uma atenção maior, os pais têm que tomar cuidado para não superproteger o filho, e nem fazer as coisas por eles”, alerta Carima.

Prevenção

A chance de uma criança desenvolver Deficiência Intelectual depende de diversos fatores relacionados à genética, acompanhamento da gestação, saúde da mãe durante a gravidez, ambiente familiar saudável na infância e adolescência, entre outros. 

Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar ou minimizar as consequências da Deficiência Intelectual na vida da pessoa:

  • Procurar aconselhamento genético, antes de engravidar, quando houver casos de deficiência intelectual na família, casamentos entre parentes ou idade materna avançada (maior que 35 anos);
  • Fazer um acompanhamento pré-natal adequado para investigar possíveis infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto;
  • Manter uma alimentação saudável durante a gestação e evitar uso de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas;
  • Realizar o Teste do Pezinho – que é obrigatório no Brasil – assim que o bebê nascer. Esse teste é a maneira mais efetiva de detectar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não forem devidamente tratados podem levar à Deficiência Intelectual;
  • Seguir recomendações de vacinas;
    Oferecer ao bebê alimentação adequada e ambiente familiar saudável e estimulador, além de cuidados para tentar evitar acidentes na infância;
  • Procurar um médico caso note algum problema no desenvolvimento e/ou crescimento da criança.

Deficiência Física: Como Ajudar?

O que é Deficiência Física?

São complicações que levam à limitação da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus. As causas são variadas – desde lesões neurológicas e neuromusculares até má-formação congênita – ou condições adquiridas, como hidrocefalia (acúmulo de líquido na caixa craniana) ou paralisia cerebral.

As crianças com deficiência física, em geral, têm dificuldades para escrever, em função do comprometimento da coordenação motora. O aprendizado pode se tornar um pouco lento, mas, exceto nos casos de lesão cerebral grave, a linguagem é adquirida sem grandes empecilhos.

Os principais tipos de deficiência física, segundo o Decreto n° 3.298 de 20 de dezembro de 1999, são: paraplegia, perda total das funções motoras dos membros inferiores; tetraplegias, perda total da função motora dos quatro membros e hemiplegia, perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo. Ainda são consideradas as amputações, os casos de paralisia cerebral e as ostomias (aberturas abdominais para uso de sondas).

Dependendo da área do cérebro afetada, a pessoa com deficiência física pode apresentar, também, dificuldades na aquisição da linguagem, na leitura, na escrita, na percepção espacial e no reconhecimento do próprio corpo.

Como auxiliar uma pessoa com deficiência física:
  • Procure acompanhar o passo da pessoa;
  • Se você achar que ela está com dificuldades, ofereça ajuda e pergunte como deve prosseguir;
  • Sempre que for falar com uma pessoa cadeirante, procure ficar de frente e no mesmo nível do seu olhar; 
  • Lembre-se, quando estiver empurrando alguém sentado em uma cadeira de rodas e parar para conversar com outra pessoa, vire a cadeira de frente da conversa para que o cadeirante também possa participar do diálogo;
  • Peça permissão para movimentar a cadeira de rodas. A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do corpo.

Terminologia

A terminologia: portador de deficiência, pessoa portadora de deficiência ou portador de necessidades especiais não são mais utilizadas. A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela tem uma deficiência. Movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, convencionaram pessoa(s) com deficiência como a forma que preferem ser chamados.


Os desafios da Inclusão são conjugar apoio e vontade; somar suporte e respeito
à opinião, à capacidade de decisão e ao exercício de direitos e da cidadania!
Venha conosco mudar essa realidade!

Um abraço fraterno,
Direção do Jardim

Fontes:

  • Texto produzido pelo Atendimento Educacional Especializado do CEI 2 DE SOBRADINHO –
    Professora Cristina M. Siqueira
  • FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAES (Fenapaes). Educação profissional e trabalho para pessoas com Deficiências Intelectual e Múltipla: FENAPAES. Brasília, 2014.
  • RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A DEFICIÊNCIA. World health organization, the world bank : Tradução de Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012. 334 p.
  • www.novaescola.com.br/deficiencia-fisica
  • https://www.vittude.com.br/deficiencia-intelectual
  • https://www.minhavida.com.br/deficienciaintelectual

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